o peso de
seus olhos ultramarinos me azuleta
e o céu da tarde então me encapa
uma nuvem gris me transpassa
e traz um tufão que me enventa
todos meus poros desvariam: esquentam ebulem eriçam erigem
as vísceras se diluem no meu ventre e vão quebrando em ondas
tudo no recorte de um instante que passado minha cor me volta
e logo o aprendismo me domina: quer estande
a contraprova de que no tempo dum momento
o alto-mar lírico soprou meus cabelos de vento
Olha,
ResponderExcluireu só lhe digo uma coisa:
Não lhe digo nada.
Esse uso de palavras exóticas, quase neologísticas...
Bom que faz sentido, pelo menos pra mim.
é uma pena peder uma poesia tão bonita por causa do título!
ResponderExcluirhahaha
Último verso: perfeição.
ResponderExcluirSentimentos à flor da pele, e ao mesmo tempo com a suavidade de uma pluma.
Abraços.
Gostei muito da tua poesia Letícia, parabéns!
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