fui limpar minha cara
e não tinha algodão.
claro, fui pra janela
escolher uma nuvem
a mais branca e
melhor absorvente.
tem uma boa vindo
à esquerda, esperei.
quando pude alcançar
peguei grande chumaço
que já na minha mão
foi se acinzentando.
caiu um pedaço no
meu pé e num logo
logo escureceu.
esfreguei a nuvem
na cara: bochechas
testa, nariz, pescoço
pálpebras.
fechados olhos,
senti água escorrer
pesado pelos braços
entornando pelos
meus cotovelos:
fez poças no chão.
já lago, meus pés
alcançados, molhados,
me arregalaram os
olhos de supetão
num susto elétrico:
descarga de raios.
da congestus só
vi a cumulonimbus
enchendo tempestades
em meu banheiro.
a pavor saí, tranquei
difícil aquela porta.
no quarto o espelho
tanto mais me apavora:
eu estava tão limpa
como nunca ter existido.
má nuvem levou minha
humanidade.
que coisa mais belíssima!
ResponderExcluirsabe dançar bem com as palavras, mesmo na chuva.
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ResponderExcluirAmei tudo aqui!
ResponderExcluirJá estou te seguindo...
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bjs flor*